Delegação da Câmara dos Deputados nos Emirados Árabes terá 25 parlamentares, a maior parte com histórico pouco abonador em temas de meio ambiente e clima.
A Conferência é sobre Clima, mas o tema não parece ser o forte da maior parte dos 25 deputados federais que participarão da COP28 em Dubai a partir do dia 30. A maioria dos escolhidos pelo presidente da Casa, Arthur Lira, é composta por defensores de projetos antiambientais polêmicos, como o PL do Veneno e a imposição de um marco temporal para demarcação de Terras Indígenas.
O UOL fez o levantamento do “trem da alegria” de Lira para a COP28. Na lista de parlamentares, sete votaram favoravelmente ao marco temporal e outros sete deputados preferiram não votar e não se opuseram à tese. Já seis parlamentares da relação aprovaram a flexibilização do processo de liberação de agrotóxicos.
Entre os senadores, a lista preliminar de 12 nomes conta com pelo menos dois parlamentares que votaram pelo marco temporal – Alan Rick (União Brasil/AC) e Efraim Filho (União Brasil/PB). O presidente Rodrigo Pacheco (PSD/MG) ainda não confirmou se participará da delegação do Senado na COP28.
Na Câmara, Lira quer aproveitar os dias antes da COP28 para votar uma série de projetos da chamada “agenda verde”, como a regulamentação do mercado de carbono e o Programa de Aceleração da Transição Energética. A ideia é apresentar os “avanços” do Congresso na agenda climática, de forma a camuflar o ímpeto antiambiental do Legislativo neste ano, refletido na aprovação do marco temporal indígena e de outras propostas com impacto negativo sobre o meio ambiente.
Correio Braziliense, Estadão, Folha e Metrópoles, entre outros, destacaram a movimentação de Lira.
ClimaInfo, 28 de novembro de 2023.
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