Pai e filho donos de dragas que operavam no rio Jutaí e foram destruídas pelo órgão ambiental terão de pagar multa de R$ 15 milhões.
José Ademir da Silva e Aislan Dione Silva, pai e filho, receberam uma multa de R$ 15 milhões do IBAMA por serem responsáveis por quatro dragas de garimpo ilegal encontradas no rio Jutaí, na Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Segundo o auto de infração, José Ademir, conhecido na região como senhor Mimi, e Aislan Dione eram responsáveis por “fazer funcionar atividade efetivamente poluidora (lavra garimpeira) […], sem autorização do órgão ambiental”.
A operação do IBAMA apreendeu e destruiu as dragas, avaliadas em mais de R$ 5 milhões cada. O valor de cada embarcação baseou o montante estipulado para a multa, informam Folha, BNC Amazonas e Revista Cenarium Amazônia.
A responsabilidade de Ademir foi revelada pelos garimpeiros que operavam as máquinas quando foram abordados pelos agentes de fiscalização, de acordo com o auto de infração. Os homens relataram que trabalhavam para ele, que também seria dono de outras escavadeiras espalhadas pelo Vale do Javari.
O Vale do Javari foi o local onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados em junho do ano passado. Para a Polícia Federal, o crime teve como mandante Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, suspeito de liderar uma organização criminosa de pesca ilegal na região, na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. Os executores foram Amarildo Oliveira, o Pelado; seu irmão Oseney de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, denunciou o Ministério Público Federal (MPF).
ClimaInfo, 28 de novembro de 2023.
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