Os corpos do casal de namorados foram encontrados perto de uma chácara às margens da TO-030, na madrugada do dia 25 de dezembro de 2022, com várias marcas de tiros. Victor e Luana moravam em Cristalândia e iriam participar de uma festa em Palmas. Ele teria envolvimento com o tráfico de drogas.
A Defensoria Pública é responsável pela defesa do réu. O g1 pediu posicionamento ao órgão sobre a decisão de pronúncia e aguarda resposta.
De acordo com o Tribunal de Justiça (TJTO), Alexsander será julgado por homicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima e assegurar a impunidade de outro crime. O juiz considerou que havia indícios suficientes do envolvimento do réu no duplo homicídio.
Mas para os outros dois réus, consta na decisão que não havia provas suficientes sobre a participação da dupla nos crimes. O juiz também determinou a soltura dos outros dois acusados.
Conforme o processo, Victor seria vendedor de drogas em Cristalândia e comprava entorpecentes de traficantes de Palmas. Por isso ele acabou acumulando dívidas com fornecedores palmenses. O convite para a festa em Palmas seria justamente desses traficantes, conforme informou a Polícia Civil na época. O acusado até teria levado as vítimas para comprar bebidas, acreditando que participariam de uma confraternização.
Na verdade, o casal teria sido atraído para uma emboscada e o réu, que atualmente está preso, teria sido responsável por pegar o Victor e Luana em um hotel onde estavam hospedados e levá-los até o local onde foram mortos.
Conforme o processo, o crime teria sido motivado porque Victor seria simpatizante de um grupo criminoso rival ao que os acusados faziam parte. Já Luana, que não teria envolvimento com facções, foi morta por ser testemunha da morte do namorado.
Jovem foi encontrada morta em Palmas, com várias marcas de tiros pelo corpo — Foto: Divulgação
“[…] Entendo que há indícios suficientes de que o acusado Alexsander participou dos homicídios narrados na denúncia, atraindo e conduzindo as vítimas Victor e Luana ao encontro dos executores, levando-os até o local em que foram alvejados”, destacou o juiz na decisão, que foi embasada nos depoimentos de testemunhas e na investigação da Polícia Civil.
O réu ficará preso até o julgamento pelo Tribunal do Júri, que ainda não tem data marcada. Para os outro dois acusados, o alvará de soltura foi assinado no início da tarde desta quarta-feira.