A última conversa dele com a família foi no sábado (24), horas antes de desaparecer. “Estava gostando mesmo do que ele estava fazendo, se realizando profissionalmente”, contou o irmão Alano Odesto Figueiras Fagundes.
“Não há palavras para explicar isso que a gente está vivendo. O Jorge Augusto era o caçulinha. A vida toda, meu Deus, uma alegria contagiante, sempre foi o irmão avesso a brigas. Um aluno exemplar. Nunca se envolveu em nenhum tipo de atrito. Sempre era da paz”, relatou o irmão emocionado.
Corpo de Jorge Augusto estava em região de mata em Barcarena (PA) — Foto: Divulgação/Polícia Militar do Pará
Alano contou que o irmão já tinha trabalhado no Pará e recentemente voltou para outra obra.
“Estava trilhando, fazendo a sua carreira. Estava muito entusiasmado de ir para aquele estado. Ele já tinha trabalhado lá anteriormente e agora estava numa nova obra, muito feliz. No sábado [24], quando ele conversou com a nossa mãe, ele falou que estava com a expectativa muito boa”.
Até a manhã desta quarta-feira (28) o corpo seguia no Instituto Médico Legal de Belém (PA). A família informou que ele deverá ser transladado para o Tocantins em uma aeronave, mas ainda não há confirmação do horário. O velório será na casa da família na Chácara Gávea.
“Isso pega a gente de surpresa. É um corte muito forte. É uma dor que não tem como. Mas o que a gente quer guardar é essa lembrança dele. Esse sorriso todo”, falou o irmão.
Suspeito preso
Suspeito de assassinato foi preso pela Polícia Civil do Pará — Foto: Divulgação
O suspeito do crime foi preso em flagrante nesta terça-feira (27), pela Polícia Civil de Vila dos Cabanos, em Barcarena. Em depoimento o homem confessou que passou a noite de sábado (24) para domingo (25) com Jorge e repassou um dos celulares dele para outra pessoa.
O suspeito também admitiu que Jorge Agusto estava morto e indicou onde o corpo estava escondido. Depois disso, a Polícia Civil recuperou o celular da vítima e encontrou o corpo em uma área da zona rural de Vila do Conde, em Barcarena.
A suspeita da polícia é de que o crime teria sido motivado por uma briga entre a vítima e dois homens que bebiam juntos. E acredita ainda, que o engenheiro tocantinense foi estrangulado com um cinto, mas a causa da morte só será confirmada pelo laudo de necropsia.
Outro suspeito de envolvimento está sendo procurado e as investigações continuam.