Desde o momento que foi levado pela equipe do IML, durante a manhã, parentes não se manifestaram para reclamar o corpo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as equipes tentam contatar o pai da vítima.
O corpo de Guilherme apresentava marcas de tiros. A Polícia Militar informou que uma amiga dele estava na fazenda e contou que pessoas teriam invadido o local. Ela também relatou à PM que ouviu gritos e disparos de arma de fogo.
A perícia esteve na fazenda onde estava o corpo do jovem e o assassinato está sendo investigado pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso do Tocantins). Até o fim do dia nenhum suspeito de ter cometido crime foi localizado.
Fazenda onde corpo de Guilherme foi encontrado — Foto: Divulgação
Morte da mãe e avó
A advogada Lourdes Otaviani morreu no dia 24 de fevereiro no Hospital Geral de Palmas (HGP), após ficar na UTI com ferimentos graves que indicaram violência doméstica. Guilherme era o principal suspeito. Ele chegou a ser indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal grave antes da morte de Lourdes.
“Ficou apurado que a vítima apresentava sinais externos compatíveis com violência doméstica, não era compatível com ataque de um cão. Os outros elementos de prova que foram coletados na investigação demonstraram que o autor, o agressor, seria o próprio filho da vítima”, disse o delegado regional de Paraíso, Bruno Monteiro Baeza.
Lourdes deu entrada no hospital dia 12 de janeiro — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
A acompanhante de Lourdes disse aos policiais que a idosa foi até sua casa naquele mesmo dia pela manhã com machucados pelo corpo e em seguida o filho de Lourdes veio atrás da mãe, bastante alterado.
Por conta do estado emocional do filho, a mulher que prestou auxílio a Lourdes, pediu ajuda aos militares do Corpo de Bombeiros para levar a idosa para o hospital. Diante dessas informações, a polícia orientou que fosse feito um boletim de ocorrência para averiguar a situação de violência na Delegacia de Polícia Civil.
Segundo a Polícia Civil, Guilherme também era suspeito de envolvimento na morte da avó, em 2021. Nos dois casos, as vítimas foram espancadas e morreram no hospital.
A polícia e o Ministério Público (MPE) chegaram a pedir a prisão dele, mas o pedido foi negado pela juíza da vara criminal de Paraíso.