Energia furtada no Tocantins em 2023 poderia abastecer cidade de 30 mil habitantes por um ano

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Energia furtada no Tocantins em 2023 poderia abastecer cidade de 30 mil habitantes por um ano

Furtar energia elétrica é um crime previsto no Código Penal Brasileiro que pode dar até quatro anos de prisão. Mesmo com os riscos, foram encontradas 4.085 ligações clandestinas em todo o Tocantins no ano passado. A quantidade de energia desviada poderia abastecer uma cidade com mais de 30 mil habitantes por um ano, como por exemplo Colinas do Tocantins, na região centro-norte.

O balanço foi divulgado pela Polícia Civil e pela Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento do serviço no estado, nesta quarta-feira (24). Em 2023 foram furtados 35.492 MWh de energia.

Ao todo, policiais e concessionária fizeram 31.918 inspeções. Os números geraram ainda 139 boletins de ocorrências, uma média de um a cada três dias do ano. Chamados popularmente de ‘gatos de energia’, as ligações irregulares também pode levar os autores ao pagamento de multas.

O risco maior, segundo a delegada titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra Concessionárias de Serviço Público (DRCSP – Palmas), Lucélia Marques, é de acidentes, já que na maioria dos casos quem faz o ‘gato’ pode não ter capacitação suficiente para alterar a rede de energia elétrica.

O coordenador de medição e combate a perdas da Energisa, Ricardo Pedrosa, explicou que como a rede de energia é projetada para atender determinado número de clientes e quando acontece o furto do serviço, toda a população é prejudicada.

“Furtos de energia, ou os famosos ‘gatos’, podem prejudicar todos os usuários, causando sobrecarga na rede, oscilações, quedas de energia e danos a equipamentos e transformadores”, alertou.

Números

Apesar do alto número, os registros de ligações ilegais em 2023 tiveram uma redução de 23,1% em relação a 2022. Foram 4.085 no ano passado e 5.318 no anterior. Já em 2021 foram 4.873 casos flagrados e em 2020, 5.167 ligações clandestinas identidicadas.

Diante dos dados, o coordenador da Energisa disse que a população que souber desse tipo de ‘gato’ deve denunciar. A pessoa pode entrar em contato com a empresa pelo 0800 721 3330 e não precisa se identificar.

Além da apuração da Energisa, a Polícia Civil também investiga o caso para responsabilizar os responsáveis pelas ligações clandestinas.

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