Mãe se emociona ao falar da doação de órgãos da filha: ‘Tem o coraçãozinho dela batendo em algum lugar’

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Mãe se emociona ao falar da doação de órgãos da filha: ‘Tem o coraçãozinho dela batendo em algum lugar’

Dona Analia Francisca do Nascimento cumpriu o desejo da filha e doou seus órgãos. Ana Lúcia morreu aos 40 anos por conta de um problema no cérebro. Em respeito à vontade dela, alguns dos órgãos, como os rins e o coração, foram doados.

Dona Analia mostra fotos da filha que morreu e doou os órgãos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Dona Analia conta que a filha tinha o desejo de ser doadora desde os dois anos de idade. “Ela dizia assim ‘mãe, quando eu crescer eu vou doar meu sangue  e tudo que é meu eu vou doar para os outros'”, relembra.

Embora a ausência da filha seja irreparável, dona Anália se conforta em saber que uma parte dela ainda vive.

“Fico muito feliz porque eu sei que tem o coraçãozinho da minha filha batendo em algum lugar. E o coração dela era muito bom.”

“Era um anjo”

Caio Cauã Bezerra dos Santos morreu após sofrer um acidente em Palmas — Foto: Reprodução/Instagram

Após o óbito confirmado no hospital a equipe médica procurou os familiares para falar sobre a possibilidade de doação dos órgãos. A família aceitou de imediato. Cláudio lembra que, em vida, o filho era bastante solidário.

“Fazia trabalho com adolescentes, com jovens que sofriam de depressão, de ansiedade, ele fazia esse trabalho de conversar, de dar um abraço… Era realmente um anjo que a gente tinha aqui na terra.“

O sim da família é importante

Divania Borges sabia que o filho precisaria de um transplante de rim desde que ele tinha 14 anos de idade, mas a cirurgia só aconteceu quando José Vanderlei tinha 28 anos.

Divania conta que ficou feliz ao descobrir que poderia ser a doadora para o filho. “Naquele momento eu já coloquei na cabeça que eu ia doar um rim para ele e a gente foi para o processo [cirúrgico] e tudo deu certo. No dia foi só alegria”, afirma.

Mas agora, oito anos após o procedimento, o outro rim de José parou e ele está de volta na fila do transplante.

“Eu sei que é um momento doloroso para quem perde, mas muitas outras pessoas vão ganhar. Então o sim, esse sim, porque agora só depende da família dar essa autorização, é muito importante.”

Fé e gratidão

Para surpresa de Antônio José Guerra, a espera na fila do transplante de fígado durou apenas sete dias. O procedimento deu tão certo que ele escreveu o livro Eu Sou O Milagre relatando a experiência.

“Muita fé e muita gratidão. Um motivo de grande alegria para mim é saber que eu sou importante para Deus. Várias pessoas passaram a viver porque houve essa decisão da família de fazer essa doação.”

Captação de órgãos no Tocantins

O Tocantins possui uma Central de Transplantes (CETTO) credenciada pelo Ministério da Saúde desde 2012. Esse setor faz a gestão de todos os processos que envolvem doação e transplante no Tocantins.

A ação de captação dos órgãos é realizada de forma conjunta pelas equipes da CETTO e Banco de Olhos do Tocantins (Boto); com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) e a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).

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