O frigorífico foi processado pela Procuradoria-Geral do Estado de Rondônia por conta da comercialização de gado criado ilegalmente na Reserva Extrativista (RESEX) Jaci-Paraná.
A JBS e outros três frigoríficos de Rondônia foram processados pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) sob a acusação de comprarem gado criado ilegalmente dentro da Reserva Extrativista (RESEX) Jaci-Paraná, a Unidade de Conservação proporcionalmente mais desmatada da Amazônia. A denúncia foi destacada pela Agência Pública.
De acordo com a PGE de Rondônia, cerca de 216 mil cabeças de gado estão instaladas dentro da RESEX, o maior rebanho ilegal em uma terra protegida na Amazônia. Os frigoríficos estão sendo cobrados a indenizar o poder público em quase R$ 17 milhões por danos ambientais gerados pela ocupação ilegal da RESEX Jaci-Paraná.
A documentação levantada pela PGE inclui até mesmo Guias de Trânsito Animal (GTAs), documentos que registram a origem, o destino e a movimentação de lotes bovinos, com endereço de fazendas onde se lê “RESEX Jaci-Paraná”. Isso evidencia não apenas a audácia dos pecuaristas ilegais, mas também a falta de controle por parte dos frigoríficos para garantir a origem legal do gado comercializado.
“Em duas décadas combatendo gado ilegal na Amazônia, nunca tinha encontrado uma GTA com o nome de uma Unidade de Conservação”, disse Jair Schmitt, diretor de Proteção Ambiental do IBAMA.
A Associated Press também repercutiu a denúncia contra a JBS.
ClimaInfo, 20 de dezembro de 2023.
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