Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), com base nos casos relatados ao Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Também houve registros de 243 pessoas picadas por lagartas, 378 picadas de espécies de aranhas, 1.490 casos relacionados a outros tipos de animais, além de 64 de picadas em que não houve a informação de qual animal foi responsável.
Cuidados
Pela grande quantidade de registros, com um total de 5.374 atendimentos de saúde relacionados a picadas até o dia 12 de dezembro, a SES faz alerta para que a população tome cuidados com animais peçonhentos.
Entre as medidas de prevenção estão manter a limpeza de quintais e jardins, evitando o acúmulo de folhas secas e lixo, que podem servir de esconderijo para animais menores.
Restos de construção civil, principalmente se estiverem com umidade também podem atrair escorpiões e outras espécies. Além disso, é sempre bom conferir dentro de sapatos antes de calçar, pois também podem esconder animais peçonhentos se forem fechados.
Caso encontre alguma espécie que pode oferecer riscos, a dica da pasta é se afastar devagar. Não se aproxime mesmo que o animal aparente estar morto e a orientação é acionar equipes de segurança pública, seja Polícia Ambiental, agentes de saúde, bombeiros, ou autoridades de saúde local.
Fui picado. E agora?
Em casos de picadas, seja de escorpiões, aranhas, cobras ou qualquer outro que cause ferimentos, a primeira atitude é procurar ajuda médica explicou a analista responsável pela área técnica de zoonoses e animais peçonhentos da SES, Iza Alencar Sampaio de Oliveira.
“É indicado que ela procure uma unidade de saúde o mais rápido possível para uma avaliação médica, pois mesmo que os sintomas não estejam graves para o acidente ser notificado, é bom fazer o uso de medicamentos e outras substâncias no local da picada”, afirmou.
A analista ainda orientou que não é indicado fazer torniquetes, sucções ou incisões no local da picada, somente lavar com água e sabão.
O estado possui 37 pontos de atendimento para terapia antiveneno distribuídos em 32 municípios. A SES explicou que o soro utilizado em casos de acidentes com animais peçonhentos vale para cobras, escorpiões, aranhas e lagartas que tenham veneno. Mas para os demais – como arraias, abelhas, marimbondos, lacraias ou mesmo formigas – não existe esse tratamento. Os pacientes são tratados conforme os sintomas em qualquer unidade de saúde.
Conheça os municípios que possuem terapia antiveneno: Alvorada, Araguacema, Araguaçu, Araguaína, Araguatins, Arraias, Augustinópolis, Centenário, Colinas do Tocantins, Dianópolis, Dueré, Formoso do Araguaia, Goiatins, Guaraí, Gurupi, Itacajá, Lagoa da Confusão, Lizarda, Mateiros, Miracema do Tocantins, Natividade, Palmas, Palmeirópolis, Paraíso do Tocantins, Paranã, Pedro Afonso, Porto Nacional, Recursolândia, São Félix, Taguatinga, Tocantinópolis e Xambioá.