Pela primeira vez, líderes mundiais se comprometem em uma declaração conjunta a enfrentar a responsabilidade que a alimentação e a agricultura têm nas alterações climáticas.
O Brasil e mais 133 países se comprometeram a incorporar até 2025 a questão da agricultura e da resiliência de sistemas alimentares em suas metas climáticas. Tais sistemas contribuem com cerca de um terço das emissões de gases estufa, ao mesmo tempo em que são severamente afetados pelos eventos extremos oriundos das mudanças climáticas.
Agricultura e sistemas alimentares também devem ser colocados nos planos de adaptação, estratégias de longo prazo, estratégias nacionais de biodiversidade, planos de ação e em outras estratégias relacionadas. As ações precisam ser tomadas antes da COP30, em 2025, em Belém.
A declaração foi bem recebida por especialistas, até porque tal ação já deveria ter sido tomada há muito tempo. Os países signatários abrigam 5,7 bilhões de pessoas e 75% de todas as emissões provenientes da produção e consumo global de alimentos.
“O compromisso dos líderes mundiais em integrar abordagens de sistemas alimentares na ação climática é exatamente o que precisamos num momento em que um futuro de 1,5ºC parece cada vez mais difícil de alcançar. Ele mantém viva a esperança, mas deve conduzir urgentemente a ações para proteger, gerir de forma sustentável e restaurar paisagens, paisagens marítimas e fluviais que são críticas para sustentar a vida na Terra, particularmente aquelas que estão a ser degradadas por sistemas alimentares insustentáveis”, disse João Campari, Líder Global de Práticas Alimentares do WWF.
Forbes, Just Food, edie, Down to Earth e Pará Terra Boa noticiaram o acordo.
ClimaInfo, 4 de dezembro de 2023.
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